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ALECRIM, ALECRIM DOURADO

ALECRIM, ALECRIM DOURADO
QUE NASCEU NO CAMPO SEM SER SEMEADO
ALECRIM, ALECRIM DOURADO
QUE NASCEU NO CAMPO SEM SER SEMEADO

FOI MEU AMOR
QUEM ME DISSE ASSIM
QUE A FLOR DO CAMPO
É O ALECRIM

Este trecho de poesia é, certamente, de uma canção que nasceu no além-mar. Alecrim é um arbusto muito apreciado no Brasil devido ao seu agradável aroma e, por suas funções medicinais, tornou-se fonte de inspiração de centenas de quadrinhas populares. As duas estrofes que apresentamos são bastante conhecidas e de fácil assimilação pela meninada das escolas de educação infantil e ensino fundamental. No Brasil nordestino a planta é muito utilizada para enfeitar os caixões das crianças pequenas que morrem antes de completar um ano de idade, vítimas do desleixo do Estado, e para adornar o andor que carrega o Senhor dos Passos na Procissão do Encontro que é realizada na Sexta-feira da Paixão.

UM JOGO INTERADOR
Os ídolos. Este jogo (que também é de aquecimento) é uma variação do “Ritmos e sílabas”, que aparece na atividade anterior. Sentados em círculo, meninos e meninas batem palmas acima da cabeça e retornam com as mãos (também batendo) nas partes superiores das coxas. A criança que começa o jogo tem que colocar o seu nome no ritmo (compasso) das palmas, como fazem os torcedores dos jogos de futebol ao verem seus ídolos entrar no gramado. O(a) primeiro (a) menino (a) canta o seu nome com a melodia que quiser e a roda responde na mesma melodia, no mesmo compasso e na mesma entonação. É importante frisar que o prolongamento dar-se-á sempre na sílaba tônica: ex. FERNAAANNNDO. É bom lembrar, também, que pelo fato de estarmos sentados, ao término desta atividade as crianças terão aquecido apenas a parte superior do corpo. Caso o trabalho seguinte seja uma atividade que exija movimentos de pernas, é interessante que o dinamizador aplique um jogo para aquecimento dos membros inferiores. Depois volte a cantar com palmas, e com bastante emoção, a canção que acabamos de aprender.


EXPLORAÇÃO DE NOVAS TEXTURAS
Exploração de texturas. Trata-se de uma atividade de pesquisa, onde a construção da forma não é a principal finalidade. O importante neste trabalho é a descoberta de novas texturas: com lápis, grossos grafites, giz de cera, pedaços de carvão vegetal, etc. Grande parte dessas texturas é conseguida através de impressões rudimentares, pressionando-se o lápis ou o bastão de cera sobre o papel que está sobre um determinado objeto: as moedas, por exemplo. O que desejamos ao propor esta atividade é a ampliação do repertório, e o estímulo para que se experimentem na busca de outras formas de impressão, sobre vários outros tipos de superfícies.





Para um bom resultado tenha por perto: grafites, lápis cera, papéis de várias qualidades, materiais que apresentam superfícies rugosas, mesas escolares, madeira compensada, folhas de vegetais, areias, etc. Depois esfreguem, apertem, imprimam, apalpem, gravem, alisem, observem, admirem, exponham.

3

O BA BE BI BO BU
VAMOS TODOS APRENDER
O BA BE BI BO BU
VAMOS TODOS APRENDER
SOLETRANDO O BEABÁ
NA CARTILHA DO ABC
SOLETRANDO O BEABÁ
NA CARTILHA DO ABC

O A É UMA LETRA QUE SE ESCREVE NO ABC
O A É UMA LETRA QUE SE ESCREVE NO ABC
O ANTONIO VOCÊ NÃO SABE
COMO EU GOSTO DE VOCÊ
O ANTONIO VOCÊ NÃO SABE
COMO EU GOSTO DE VOCÊ


UMA SINGELA FORMA DE HOMENAGEAR
Esta música é muito utilizada pelas crianças nordestinas para uma brincadeira muito interessante. Em roda, com um menino ou uma menina ao meio, todos cantam a primeira estrofe. A segunda é cantada pela criança que está sozinha no centro na roda, para o (a) amiguinho (a) do (a) qual ele (a) mais gosta. Ao término da dedicatória a criança que está no centro abraça a que foi cortejada, trocam de lugar e a brincadeira continua.



UM JOGO INTERADOR
Neste caso, vamos manter a roda que foi feita para a brincadeira de cima, para o jogo coletivo o gato e rato. Este jogo é muito conhecido nas calçadas suburbanas e nos campos do interior. Nas atividades escolares utilizamos esta brincadeira para estimular o desenvolvimento do espírito cooperativo e a melhoria das relações que dependem do fator confiança. A criança que representa o rato precisa acreditar nos companheiros responsáveis por sua guarda e estes devem estar cientes de que, a princípio, a mentira é o único recurso salvador da vida do rato. No entanto todos sabem que chegará o momento em que terão de dizer a verdade.

Roda formada com todos de mãos dadas. Gato passeando em torno dela, trava com os protetores do rato (que se encontra escondido no está no meio da roda) o seguinte diálogo:

GATO: Seu ratão está aí?
RODA: Não!
GATO: Que horas ele chega?
RODA: Sete horas

GATO: Que horas são?
RODA: Duas horas
GATO: Que horas são?
RODA: Três horas

(Este diálogo prossegue até a hora da chegada do rato, informada pela roda).

GATO: que horas são?
RODA: seis horas
GATO: seu ratão já chegou?
RODA: já (supondo-se que seis horas fora o horário acordado).
GATO: posso entrar?
RODA: pode.
GATO: pela porta ou pela janela?

(A resposta PELA PORTA sugere que o gato entre por baixo dos braços dos brincantes. PELA JANELA indica que o gato deva entrar por cima dos braços).

RODA: pela porta.
GATO: então me dê licença.

Feito isto o gato entra na roda a procura do rato. Este por sua vez trata de sair por outra “porta” e corre o quando pode em volta da roda para livrar-se de seu perseguidor. Cabe lembrar que o rato só pode voltar ao centro da roda pela mesma porta de saiu. Não sendo apanhado pelo gato o rato volta a descansar dentro da roda e a brincadeira recomeça. No caso de o gato encostar as mãos no rato, este se transforma em gato e a roda elege outro para fazer o papel de roedor.

Além de sua importância para a melhoria das relações afetivas no ambiente pedagógico, este jogo contribui para o desenvolvimento da compreensão das relações entre o homem e o meio e funciona como instrumento aprimorador dos conceitos do cotidiano relativos a tempo, espaço e identidade.

UMA ATIVIDADE PLÁSTICA



Desenho sobre papel poligonal (o suporte como interferência). Qualquer produção artística é de certa forma limitada pela qualidade do material de transporte ou de suporte. As crianças costumam desenhar em papéis retangulares. Experimente apresentar-lhes papeis coloridos ou brancos em formas triangulares, quadradas, trapezoidais, circulares etc. Esta atividade apresenta melhores efeitos quando o tema é livre. Para esta atividade, é preciso que as crianças tenham à disposição: lápis preto, lápis de cor, giz de cera, canetas do tipo hidrocor, esferográficas, carvões. Em seguida peça aos alunos que meçam, observem, qualifiquem, posicionem, construam, colorem, identifiquem, construam e exponham.